Cada dia que amanhece assemelha-se a uma página em branco, na qual gravamos os nossos pensamentos, ações e atitudes. Na essência, cada dia é a preparação de nosso próprio amanhã."
The Black Baloon
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Ela vem pra gritar aquilo que seu coração sussurrou
Porque a angústia, meu amor, é essa tristeza sem rosto, sem acontecimento, sem desencadeador, sem réu. É de repente não caber em lugar algum e escrever esse amontoado de palavras magoadas com ninguém. Essa angústia a gente não puxa, não escolhe, ela entra na gente assim como a noite caindo lenta e definitiva. E ela aperta teu peito com toda disposição do mundo. Angústia te tira do mundo de fora, te deixa encolhido olhando pra dentro, porque não se pode apontar o dedo e nem colocar a culpa em ninguém, ela simplesmente é esse mal-estar que te faz querer mudar tudo de lugar e se fazer alguns ajustes. Você não vai conseguir sequer fingir que está bem se ela te abraçar. Angústia te deixa enfastiado com a própria rotina, com o seu jeito antigo de conduzir as coisas. Ela te pede morte e renovação. Ela te impõe uma perda irremediável do que você era antes, ela te força a trocar de pele como se você tivesse tomado muito sol …sem proteção. O que a angústia quer de você é a desaceleração pra parar e contemplar e agir de acordo com o que pede a tua sede de alma…
Eu passeio por tua estrada quando você não está, porque não quero mais vê-lo ou tocá-lo. Eu passeio por tua casa quando você não está,mas não vasculho tuas gavetas, teus segredos, a intimidade repousada no silêncio dos teus bolsos, dos armários: contemplo os móveis, os livros, os discos e tudo o que está exposto__só quero a experiência. Eu passeio por tuas coisas quando você não está, pra aprender com tua casa, tua estrada e o teu mundo a suportar a tua ausência.
Marla de Queroz
Alguns escrevem pela arte, pela linguagem, pela literatura. Esses, sim, são os bons. Eu só escrevo para fazer afagos. E porque eu tinha de encontrar um jeito de alongar os braços. E estreitar distâncias. E encontrar os pássaros: há muitas distâncias em mim (e uma enorme timidez). Uns escrevem grandes obras. Eu só escrevo bilhetes para escondê-los, com todo cuidado, embaixo das portas.
Uma palavra inventada
"Amor. Bolinhas de sabão. O som de copos com água. O som das gotas no chão. Um sorriso tímido. A música por trás dos ruídos. Um coração encostado no outro. Um ou dois para sempres. Um avião nas mãos de um menino. Um barquinho de papel. Uma pipa atravessando as nuvens. Uma sementeira de tulipas. Um mingauzinho de aveia. Um par de meias listradas. Dois ou três cata-ventos. Uma palavra inventada. "
Tudo é verbo que me inunda.
"A poesia serve para ser feita e lida. Para embarcar sonhos. Para limpar a língua. Para sacudir o beijo. Para mandar longe a vilania. Como assim não serve para nada? A poesia serve como uma luva, chuva no coração partido, lírio na sombra, completude. Tudo é verbo que me inunda."
domingo, 27 de novembro de 2011
O amor não é para o teu bico.
A solidão às vezes é tão nítida como uma companhia. Vou me adequando, vou me amoldando. Nem sempre é horrível. As vezes é até bem mansinha. Mas sinto tão estranhamente que amor acabou. [.. .] Repito sempre: sossega, sossega — o amor não é para o teu bico.
(Caio Fernando Abreu. Carta a Jacqueline Cantore)
Escurecido pela tua ausência
(…) e choro sempre quando os dias terminam porque sei que não nos procuraremos pelas noites, quando o meu perigo aumenta e sem me conter te assaltaria feito um vampiro faminto para te sangrar e te deixar mudo, sem nenhuma história a te esconder de mim, enquanto meus dentes penetrando nas veias da tua garganta arrancassem do fundo essa vida que me negas delicadamente, de cada vez que me procuras e me tomas, contudo me enveneno mais quando não vens e ninguém então me sabe parado feito velho num resto de sol de agosto, escurecido pela tua ausência (…)
(Caio Fernando Abreu. À beira do mar aberto, in: Os dragões não conhecem o paraíso)
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
sábado, 12 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Tempo
"Como fruta colhida ainda verde ou uma flor cortada antes de se abrir, as nossas tentativas de apressar o tempo de Deus podem estragar a beleza de Seu plano para a nossa vida. Só porque algo é bom, não quer dizer que devemos buscá-lo neste exato momento. Temos que nos lembrar que a coisa certa no tempo errado é a coisa errada."
(Joshua Harris)
E eu chamava nossa história de amor de cinema
Você pode até achar que eu não sabia, mas o meu peito apertado, sempre apertado, mesmo quando você era a coisa mais amorosa que poderia existir no mundo, mesmo assim, meu peito vivia apertado como quem está prestes a descobrir uma grande mentira. E a nossa doce mentira era esta: um casal que parecia ter nascido um para o outro. Mas você querendo que eu fosse mais ambiciosa e eu querendo que você fosse menos materialista e a gente quase enfartando com as nossas ansiedades agudas diárias (…). A gente viveu um quase tudo adornado de poesia. Uma farsa cheia de lirismo, álcool e descompensação emocional. Tudo tão intenso: o beijo, o sexo, as conversas, as trocas, as parcerias, as diferenças, as semelhanças, as brigas. (…)
E eu chamava nossa história de amor de cinema e todos que nos viam achavam a mesma coisa… e eu sofri tanto a sua falta, mas o meu peito não apertava mais porque eu deixara aquela mentira de lado. Pode parecer estranho que eu toque neste assunto depois de tanto tempo, mas eu precisava limpar este porão e criar um atelier nele. Porque agora com meu coração em paz eu consigo criar, porque agora eu só consigo ver transparência nas pessoas, e não alguém sobressaltado com senhas para tudo como se quisesse proteger sua grande mentira. Desculpa eu mexer nesta sujeira que já estava repousada no fundo do copo, mas como eu já te disse, eu preciso limpar este porão e talvez o sótão. E com meu coração tranqüilo, transformar estes espaços trancados há tanto tempo, num espaço aconchegante de criação, num atelier emocional onde eu possa colorir alegremente minha roupa, minhas palavras, minha nudez, minha falta de ambição…
E eu chamava nossa história de amor de cinema e todos que nos viam achavam a mesma coisa… e eu sofri tanto a sua falta, mas o meu peito não apertava mais porque eu deixara aquela mentira de lado. Pode parecer estranho que eu toque neste assunto depois de tanto tempo, mas eu precisava limpar este porão e criar um atelier nele. Porque agora com meu coração em paz eu consigo criar, porque agora eu só consigo ver transparência nas pessoas, e não alguém sobressaltado com senhas para tudo como se quisesse proteger sua grande mentira. Desculpa eu mexer nesta sujeira que já estava repousada no fundo do copo, mas como eu já te disse, eu preciso limpar este porão e talvez o sótão. E com meu coração tranqüilo, transformar estes espaços trancados há tanto tempo, num espaço aconchegante de criação, num atelier emocional onde eu possa colorir alegremente minha roupa, minhas palavras, minha nudez, minha falta de ambição…
Marla de Queiroz
terça-feira, 8 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Mas, tal como um livro, sempre trago algo de bom em mim
Há quem me interprete pela capa. Há quem me ame apenas por ela. Há quem viaje em mim. Há quem viaje comigo. Há quem não me entende. Há quem nunca tentou. Há quem sempre quis ler-me. Há quem nunca se interessou. Há quem leu e não gostou. Há quem leu e se apaixonou. Há quem apenas busca em mim palavras de consolo. Há quem só perceba teoria e objetividade. Mas, tal como um livro, sempre trago algo de bom em mim.
sábado, 5 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Coisas que eu odeio em você
Odeio o jeito que você fala comigo,
Odeio quando você me ignora,
Odeio quando finge que eu não existo,
Odeio perceber que pra você eu não sou nada,
Odeio mais ainda ter esperanças que um dia isso vai mudar,
Odeio imaginar o que você ta fazendo,
Odeio ficar esperando por você e você não aparecer,
Odeio te olhar e te ver me olhando,
Odeio saber que você sem querer, muda toda a minha vida,
Odeio tanto quando você me faz chorar,
Odeio ficar com raiva e dois minutos depois esquecer,
Odeio não poder te ter por perto,
Odeio sua mania de ser amigo de todas as menininhas,
Odeio as suas promessas não compridas,
Odeio esperar sua ligação e você não me ligar,
Odeio pensar em você a todo instante,
Odeio todos os beijos que não são os seus,
Odeio todos os abraços que não são os seus,
Odeio saber que você pode ser de qualquer uma menos meu,
Odeio não conseguir resistir a você,
Odeio quando você fala que eu sou linda,
Odeio não controlar as batidas do meu coração quando você esta por perto,
Odeio não conseguir levar mais ninguém a serio,
Odeio comparar todos com você e descobrir que você é incomparável,
Odeio quando você me faz chorar, e mais ainda quando você me faz rir,
Odeio pensar em você quando sei que você nem se lembra de mim,
Odeio mais ainda não conseguir te odiar, nem sequer por um momento, nem sequer por um instante.
Eu odeio te amar!
Odeio quando você me ignora,
Odeio quando finge que eu não existo,
Odeio perceber que pra você eu não sou nada,
Odeio mais ainda ter esperanças que um dia isso vai mudar,
Odeio imaginar o que você ta fazendo,
Odeio ficar esperando por você e você não aparecer,
Odeio te olhar e te ver me olhando,
Odeio saber que você sem querer, muda toda a minha vida,
Odeio tanto quando você me faz chorar,
Odeio ficar com raiva e dois minutos depois esquecer,
Odeio não poder te ter por perto,
Odeio sua mania de ser amigo de todas as menininhas,
Odeio as suas promessas não compridas,
Odeio esperar sua ligação e você não me ligar,
Odeio pensar em você a todo instante,
Odeio todos os beijos que não são os seus,
Odeio todos os abraços que não são os seus,
Odeio saber que você pode ser de qualquer uma menos meu,
Odeio não conseguir resistir a você,
Odeio quando você fala que eu sou linda,
Odeio não controlar as batidas do meu coração quando você esta por perto,
Odeio não conseguir levar mais ninguém a serio,
Odeio comparar todos com você e descobrir que você é incomparável,
Odeio quando você me faz chorar, e mais ainda quando você me faz rir,
Odeio pensar em você quando sei que você nem se lembra de mim,
Odeio mais ainda não conseguir te odiar, nem sequer por um momento, nem sequer por um instante.
Eu odeio te amar!
Luis Fernando Veríssimo
Pensando bem, em tudo o que a gente vê, vivencia, ouve e pensa, não existe uma pessoa certa para gente. Existe uma pessoa, que se você for parar para pensar, é na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.
Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira. A pessoa errada é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você.
A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo!", quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente.
Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.
, e me anoiteço ainda mais e me entrevo tanto quando estás presente e novamente me tomas e me arrancas de mim me desguiando por esses caminhos conhecidos onde atrás de cada palavra tento desesperado encontrar um sentido, um código, uma senha qualquer que me permita esperar por um atalho onde não desvies tão súbito os olhos, onde teu dedo não roce tão passageiro no meu braço, onde te detenhas mais demorado sobre isso que sou e penses quem sabe que se aceito tuas tramas, e vomitas sobre mim, depois puxas a descarga e te vais, me deixando repleto dos restos amargos do que não digeriste, mas mesmo assim penses que poderias aceitar também meus jogos, esses que não proponho, ah detritos, (…)
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