The Black Baloon


sábado, 15 de dezembro de 2012

Sinto que toda aquela carga de angústia e inquietação que eu tinha está-se indo. Quero muita calma daqui pra frente.

Tudo isso dói. Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim, e virá outro ciclo, depois.
(Caio Fernando Abreu. Carta a Vera Antoun)
"Tente. Sei lá, tem sempre um pôr-do-sol esperando para ser visto, uma árvore, um pássaro, um rio, uma nuvem. Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe."

Respirar nos dá uma chance. O mundo nos dá uma escolha. A vida pode ser mágica.

deposito-de-tirinhas:

‎”Sometimes you gotta let go.”Balão do Snoopy, em homenagem ao Banksy 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Efêmero e individualista



Vida se divide? Não digo compartilhar, mas dividir, como um bolo, como férias, como dinheiro até. A diferença é que sabemos nestes caos o quanto temos e assim podemos ser justos. Para contar a vida precisamos de uma medida. Segundos, horas, dias, anos? Isso tudo mede o tempo, mas a vida se mede em tempo? Mesmo se esse fosse o caso, não há tempo determinado para nossa vida. Aliás, de ninguém, talvez das moscas que dizem sobreviver 48 horas, mesmo assim é arriscado afirmar algo desse tipo. Então se a vida não está dividida entre o ontem, o hoje e o amanhã, devemos ter a medida errada.
Se fosse então os sentimentos que determinassem essa divisão. O primeiro amor, a primeira dor, as viagens inesquecíveis, as pessoas que partiram, o encontro com a nossa felicidade… Seria bom que fosse assim, dividiríamos a vida livre do tempo, pelas intensidades. Mas no mundo de hoje, efêmero e individualista, não posso garantir que certas alegrias cheguem a todos. Diante uma sociedade desigual seria menosprezo de minha parte desconsiderar as vidas que passam ao meu lado com suas particularidades tão belas, com dificuldades tão mais profundas. Cada vida conta.
Estaria então a vida a medir o ser humano? Mas a vida é feita de unidade única, singular, exclusiva. Tem diferentes formas e tamanhos. É muito mais do que idosos adultos e crianças. São classificações que seguem sem dividir a vida. Não posso fazer ela esperar as festas de fim de ano para mudar as coisas. Ou que eu só encontre meu grande amor carnaval. Termina-se um ano e pensamos em tudo que queremos para nossa vida no próximo. Mas a vida não é um ano, nem precisa esperar. Eu então resolvi que divido a vida em tudo que ela é, e tudo que ela ainda pode ser.

 Danilo M. Martinho


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Milhões de anos nesse mundo e ainda precisamos justificar sentimentos.

Vejo um mundo que enche a cara para tentar preencher o buraco negro do coração. Melhor seria encher primeiro o coração, se possível lotá-lo, para ai sim encher a cara, de sorrisos e gargalhadas, dessas que destacam-se até em meio ao ensurdecedor grito urbano das buzinas.