The Black Baloon


sábado, 17 de outubro de 2009

Ilusão


Tranqüila no ônibus meu pensamento buscava por uma paz que ficou no passado.
A chuva caia tão devagar, molhava aos poucos a janela. O vidro embaçava minha visão do que se movimentava la fora, os pingos da chuva, acompanhava o ritmo do meu coração. Derrepente fico inquieta. Não passou de ilusão!
Repito varias vezes essa frase pra mim.
Andando na chuva, queria eu nao ir pra lugar nenhum, mas eu tinha um destino hoje.
Devagar, eu conseguia voltar para mim. No caminho parecia que era outono. Tinha tantas folhas e flores espalhadas pelo chao, e ao mesmo tempo estava onde deveriam estar.
A verdade é que o lugar não era limpo a tempos, mas mesmo assim o lugar trazia paz,não perdia a mágica. Eu não tinha lembranças daquele lugar, afinal, eu nunca tinha estado lá. Construira naquele momento lembranças para um futuro proximo. Eu queria esta la de novo... eu precisava...
Você lembra quando eu te disse que gostava da chuva?
Você me disse que a chuva era melancólica.
Eu concordo, ela é!
Mas agora ela guarda o lugar onde eu fujo para te encontrar, pra te tornar real.
Lá chove o tempo inteiro, vidros embaçados, pé na lama, banho de rio, cheiro de terra
Vida!
Real, ilusão pressagio...
Mas é onde ainda te encontro, salguem que nunca vi, mas que conversei duarte dias e dias, e a cada palavra trocada construirmos esse mundo onde eu estive hoje.
Só que dessa vez eu fui só...